Lembras-me…
as dobras de um pedaço de seda
pintando as arestas da minha calma.
Menino matreiro,
com o toque sedento de sentidos
descobre a intenção da minha melodia,
a disposição do meu corpo,
o lábio mordido nas harmonias
o gesto nu em que me envolvo.
Bebe-me,
junta a tua mão ao meu prazer
o teu conforto ao meu regaço,
adormece a tua voz nos meus olhos,
jardins de noites, sudários discretos,
espelhos lunares de tons sustenidos,
encontra-te comigo quando o sol nascer
no depois…
Pedro Afonso
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