Tenho, uma profunda, vontade, de
viver...
É esta a frase que me encerra os olhos
a cada noite,
Onde cada sonho reclama
A vitória dos meus silêncios,
A revolução de gestos nos meus
lábios...
Como se do abismo do meu sono o teu
nome me fosse exorcisado.
Escancarro os olhos
Só para rasgar o peito
e dele verter o movimento dos pássaros
e as cores do mundo!
É pesada vertigem de todas as horas...
de todos os momentos estanques,
de todas as intenções privadas de ti.
A distância com que o
tempo me amaldiçoou,
É como uma cúpula
inquebrável de sal,
Uma miragem leite e mel...
Mas meu grito será maior
que a vida!
Vou viver-te!
Vou viver-me!
Vou viver-nos!
Desperto-me de Paixão!
Quando me invento criança para te
descobrir
uma e outra vez...
Quero brincar com todos os teus
primeiros momentos
e fazer deles quadros de histórias!
Livres!
Nossas!
És a condensação de todos os
princípios!
O fim da tarde,
Um grito de luz,
Uma sentença de vida!
Por ti!
A minha loucura seria a revolta do
quinto império!
A certeza em flecha
O naufragio de todas as galáxias
O Alfabeto dos desertos, das serras,
dos mares
silêncios e gritos e vida!
O invencivel medo que verga Deuses a
teus pés!
E o convite de todos os horizontes a
perder-me no nosso infinito...
Pedro Afonso
poema feito para o concuro hora do poeta
poema inspirado em ti Aurélia.