sexta-feira, 3 de junho de 2016

B´el Kheyr

Tenho, uma profunda, vontade, de viver...
É esta a frase que me encerra os olhos a cada noite,
Onde cada sonho reclama
A vitória dos meus silêncios,
A revolução de gestos nos meus lábios...
Como se do abismo do meu sono o teu nome me fosse exorcisado.

Escancarro os olhos
Só para rasgar o peito
e dele verter o movimento dos pássaros
e as cores do mundo!

É pesada vertigem de todas as horas...
de todos os momentos estanques,
de todas as intenções privadas de ti.

A distância com que o tempo me amaldiçoou,
É como uma cúpula inquebrável de sal,
Uma miragem leite e mel...
Mas meu grito será maior que a vida!

Vou viver-te!
Vou viver-me!
Vou viver-nos!

Desperto-me de Paixão!
Quando me invento criança para te descobrir
uma e outra vez...
Quero brincar com todos os teus primeiros momentos
e fazer deles quadros de histórias!
Livres!
Nossas!

És a condensação de todos os princípios!
O fim da tarde,
Um grito de luz,
Uma sentença de vida!

Por ti!
A minha loucura seria a revolta do quinto império!
A certeza em flecha
O naufragio de todas as galáxias
O Alfabeto dos desertos, das serras, dos mares
silêncios e gritos e vida!
O invencivel medo que verga Deuses a teus pés!

E o convite de todos os horizontes a perder-me no nosso infinito...




Pedro Afonso





poema feito para o concuro hora do poeta 

poema inspirado em ti Aurélia.

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