sábado, 18 de novembro de 2006

"Aquela Tarde..."

Decoro o teu rosto com o meu toque,
repouso nesse olhar faminto
e deixo arrefecer a palavras.
O meu desejo desvenda-te no palco de um sonho meu
de uma voz nossa,
vicias-me,
preciso de sentir o teu sorriso correr-me nas veias
morder a tua língua,
provar
respirar
sentir o lume da tua boca
queima-me o desejo.
A tua presença ao acordar é o meu orvalho matinal,
os teus cabelos uma savana só minha,
vou beijar-te para sempre naquela boca de ventania
na memória mais próxima
numa fotografia viva de dois destinos.
Tenho os olhos discretos de quem gosta
“Gosto de ti”
no sentido inocente e puro da expressão
gosto de ti como as crianças
sem vergonha ou medo
sem dogma
sem razão,
dá-me um abraço
dá-me uma carícia
deixa-te ficar no meu regaço até o sol morrer.
Agora compreendo-te irmão…
afinal tinhas razão,
se não for ridículo não é amor.
Vou tatuar na tua pele a minha vontade,
vou estar contigo naqueles momentos.


Pedro Afonso

 

2 comentários:

Anónimo disse...

adorei... vania

Anónimo disse...

:) deixas-me sepre sem palavras... magnifico... beijo

Marta (Safira)