Levanta-te poeta vadio…
vá...
levanta-te!
salpica outra vez as palavras com revolta,
saliva de novo os versos enternecidos.
Pois se quiseres morrer...
que morras de tanto viver!
vá...
levanta-te!
ganha coragem para ser criança,
brinca com o azul do mar
e beija a espuma que o envolve
e anda e corre e luta com ganas de menino poeta,
vá!
levanta-te!
ergue-te homem sem medo!
chora as lágrimas sem vergonha,
canta poemas em desgarrada
e faz amor com o prazer cru.
Vá!
levanta-te!
segue o vento,
deixa teus passos à beira da estrada perdida
e comete loucuras!
e insanidades profanas
levanta-te!
rasga as veias de pé,
deixa escorrer as memórias
e saboreia os últimos momentos em poesia.
Pedro Afonso
In "Artifices das Palavras"
1 comentário:
Passei hoje o primeiro olhar sobre as palavras soltam que aqui se dispersam e propagam à velocidade da luz...
E entre os raios eruditos da escrita que hoje aqui encontro, deixo os meus sinceros parabéns, ao encontrar aqui descrita, a alma sentimento que o poeta tantas vezes vive bem dentro de si...
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